30 luglio 2007

Lembrei.

Mais uma da sogra.
Em um desses dias em que minha sogra esteve aqui, depois do jantar, ofereci um sorvete. Como aqui esta um calor sufocante e meu freezer uma porcaria, deixei no maximo da sua capacidade para nao correr risco de derreter tudo. Entao, o sorvete nao estava duro, estava uma verdadeira pedra.
Peguei o pote e coloquei no microondas.
- Paula, o que voce esta fazendo?? - disse ela assustada.
- Vou colocar por 4 segundos no microondas, so para conseguir pegar o sorvete com a colher.
- Paula, mas vai derreter o sorvete!
- Nao vai nao, sogra. Eu sempre faço isso. Quatro segundos na baixa potencia e consigo servir o sorvete sem entortar a colher!
Ela pensa um pouco e eu espero pela aprovaçao dela so pra ver o que ela ia falar.
- Paula?
- Sim.
- Olha, me de esse pote de sorvete. Eu vou pegar para mim e pro Gino. Depois voce coloca no microondas.
- Porque?
- Porque o meu eu vou querer frio mesmo.
Assim, caros leitores, com essa pessoa nao tem dialogo. Porque ela so ouve aquilo que quer e entende sempre tudo ao contrario.
O fim da historia? Coloquei o sorvete no microondas por 4 segundos, mesmo contra a vontade dela e servi um delicioso e cremoso sorvete gelado, obvio, de flocos. Sem entortar a minha colher, mas quase enforcando a minha sogra.

27 luglio 2007

Liberdade!

A sogra finalmente foi embora. E eu, finalmente posso voltar a escrever ja que com ela aqui, faltava tempo e também paciência de responder as perguntas que ela fazia cada vez que eu ligava o computador.
Sabe como ela me irritou?
- Julgando as pessoas que conheceu, principalmente meus amigos,
- Atravessando a rua quando passava algum negro,
- Dizendo que a Giulia não come direito porque eu nao sei dar comida pra ela,
- Quando ela tentava dar comida pra Giulia e ela nao comia, era porque estava com sono,
- Tocando a comida da Giulia com o dedo para ver se esta quente, queimando a boca da coitadinha e ainda dizendo "estranho que ela se queimou, nao estava quente, eu coloquei o dedo".
- Falando que queria ir jantar num restaurante "normal" quando dei a sugestao de ir no brasileiro.
- Dizendo "que nojo" quando passou na frente de um restaurante japones, sendo que ela nem sabe o que comem e nunca entrou em um.
- Dizendo coisas para a Giulia como indiretas para mim.
- Perguntando coisas estupidas.
- Nao aceitando as minhas respostas.
- Dizendo para minha mae, por telefone, que eu estava nervosa e ela nao sabe porque. (por causa dela, po!)
Manias dela que me irritaram:
- Pendurar roupa suja em qualquer lugar da casa: Na janela, nas portas, nas cadeiras. Eu tenho um cesto de roupa suja e la tem que ser colocado.
- Fumar um cigarro atrás do outro e mesmo quando esta fazendo alguma coisa, acender um cigarro e deixar no cinzeiro como se fosse incenso.
- Mentir. Do tipo: Que estranho que voce encontrou esse cabelo na pasta, o meu nao é porque o meu nao cai. Ou ainda: "Porque voce fechou a janela com meu cigarro fora? Eu vi que a fumaça nao estava entrando em casa." E estava sim. E mais: Depois que meu sogro gentilmente colocou as prateleiras no quarto da Giulia, ela queria ir dormir. Eu falei que antes dela dormir, eu ia passar o aspirador de po, ja que a furadeira tinha feito muita sujeira. Ela disse que ja tinha limpado (mentira) e quando eu entrei no quarto estava cheio de po.
- Olhar para uma coisa e perguntar o que é, exemplo: Ela olha para os pessegos no supermercado e pergunta: "O que sao, pessegos?"
- Nao ter opiniao propria. Tudo, ela pergunta para mim. Se eu quero ir no shopping, se eu quero atravessar a rua, seu eu quero comprar pao, se eu quero ir no parque. Mas nao aceitar a minha resposta.
- Responder todas as perguntas com outra pergunta. Tipico de gente chata. Voce pergunta se esta tudo bem e ela responde "Porque nao deveria estar?". Voce pergunta se ela esta com fome e ela responde "Voce esta?". Voce pergunta se ela quer cafe e ela responde "voce vai fazer?". Voce pergunta se ela precisa de alguma coisa no supermercado e ela responde: "Voce precisa?". E por ai vai.
O que aconteceu:
- Fomos no festival latino americano aqui perto de casa. Lindo. Shows, restaurantes de toda a america latina e lojinhas de roupas e acessorios. La, julgava as pessoas pela cor e aparência, queria fazer as coisas dela e quando a Giulia foi brincar, deu piti pra ir embora. Falou ainda que ficou contente em ver o festival porque é importante "dar oportunidade para essa gente". Expliquei que quem estava no festival nao precisava de nenhuma caridade ou oportunidade porque cada barraquinha que ela viu la, é de quem tem loja em Milano. E pra ter uma loja, significa que a pessoa esta, e muito, bem.
- Fomos no centro de Milano, no Duomo. La, ela perguntava onde estavamos. Em Milano, oras! Mas Milano centro? Ela perguntava. Sim, obvio, respondiamos. E no final das contas, ela nao entendeu.
Ainda no centro de Milano, ela entrou sozinha em uma loja de conveniencia para comprar um "Grata e Vinci", aquelas raspadinhas que te dao oportunidade de encontrar 3 numeros iguais e ganhar um dinheirinho, sabe? Na saida ela nao viu nenhum de nos. Estavamos todos na banca de jornal ao lado. Quando a encontramos estava chorando porque nao viu ninguem e com medo de se perder. Ai eu pergunto, caros leitores, a mulher esta no pais dela, todos falam a lingua dela, ela tem dinheiro suficiente para, no caso de se perder, comprar um cartao telefonico e ligar para um de nos, mas ela chora??? Te parece normal????
- Voltando de um restaurante, fizemos uma conversão para virar a direita, rumo a nossa casa. Poucos carros fizeram essa conversão e muitos outros carros continuaram indo reto. Ela pergunta: "Porque nos viramos se todos os outros carros foram em frente?".

TENHA A SANTA PACIENCIA!!!

21 luglio 2007

Respira fundo, Paula.

Passei aqui so pra contar que minha sogra chegou. Esta em casa desde quinta feira a noite. Ja deu fora com a Elisa, dizendo que ela nao tem cara de brasileira. Elisa riu e perguntou: "Eu tenho cara do que entao?" Bem feito.
Depois de 3 anos convivendo com uma brasileira, sogrinha ainda nao se deu conta que brasileiro nao é negro, nem branco, nem amarelo. Brasileiro é mistura de raças.
Ja me irritou com as milhares de perguntas bestas, com os tantos "ensinamentos" de como fazer tudo com a Giulia e com a mania de achar que a minha casa é a casa dela. Sim, porque quando meus sogros estao em casa eu tenho a impressao de que a visita sou eu.
Conto detalhes quando tiver um tempinho. Por enquanto, vibraçoes positivas para mim, minha gente. Porque eu preciso é de paciencia. Muita.

17 luglio 2007

Addio spaghetti alle vongole!

Lembro um dia, ha algum tempo atras, que a Giulia estava com dor de garganta. Nenhum remedio resolvia o problema dela. Apelei entao para os conselhos da minha Tia Neide no Brasil, que me indicou um xarope natural feito com salvia e gengibre. Sai pelas ruas de Napoli procurando os ingredientes. Quando eu perguntava para alguem, em algum mercado ou nas feiras de frutas e verduras, nao tinha um que nao levasse um susto e me perguntasse o porque de eu querer comprar coisas assim "tao exoticas".
Lembro também das minhas crises alimentares. Quantas vezes nao olhei para aquela carne fina, opaca, quase branca de boi, imaginando uma bela, vermelha e suculenta picanha. Quantas vezes nao desejei um arroz branquinho, fininho e soltinho ao inves daquela "papa" do risoto italiano. Sonhava com leite condensado, banana, mamao, manga. Sonhava nao so com comida brasileira mas também com aquela mexicana, chinesa, indiana, japonesa, arabe. Sonhava com sabores diversos. Sentia o ar de indignaçao dos napoletanos quando eu falava sobre a falta que me faz ir no restaurante vegetariano de Moema. "Comida vegetariana? Existe isso?" diziam eles. E ainda completavam com "isso é coisa pra doente".
Nao! Eu, como uma moradora de uma metropole, adorava experimentar novos sabores. E em Napoli, me indignava com a falta de criatividade dos supermercados e com o mesmo cardapio em qualquer restaurante que ia. Em qualquer restaurante que voce va em Napoli, o cardapio é sempre o mesmo. Alias, cardapio é ate modo de dizer, porque é raro encontrar algum que te ofereça a famosa listinha de pratos com preços. Tudo é na voz mesmo, eles te falam o que tem e voce escolhe imediatamente e ainda tendo que convencer as pessoas que estao com voce de comer a mesma coisa, porque se escolher um prato diferente, o cozinheiro pode se recusar a fazer.
Como é lindo viver em Milano. Ir em supermercados e ver produtos de todos os cantos desse planeta, misturados com os produtos italianos. Como é bom ver a tal da salvia, o gengibre em qualquer supermercado. Junto com todas as nossas frutas. E ver pelas ruas milhares de restaurantes arabes, mexicanos, brasileiros, cubanos, argentinos, chineses. Poder ir no restaurante japones que tem na rua de tras do meu predio. Como me sinto bem com a mistura de raças, de credos e o respeito ao que nao é espelho deles.
Amanha tem jantar aqui em casa com os chefes do Gianluca. O cardapio é arroz brasileiro, feijao preto e picanha. E sabe onde eu comprei picanha? No açougue, oras! Mais simples do que isso impossivel! E ainda sai de la com o açougueiro, italiano, se despedindo em um portugues perfeito: Obrigado e volte sempre!
Milano, ti amo!

16 luglio 2007

E o vencedor é...

Ganhou o concurso do banner novo o Davide que mandou duas versoes com o mesmo desenho. Davide é um napoletano, que namora com uma brasileira, Carolina, paulista, e pediu para mandar o presentinho pra ela. Entao, Davide, parabéns e muito obrigada. E Carolina, aguarde o pacotinho que logo mais chega ai. Se bem que eu adoraria me enfiar com a Giulia dentro desse pacote e chegar de surpresa ai em Sao Paulo, na Vila Olimpia, onde ela mora, e aproveitar para visitar meus dois gatos que eu deixei na casa do meu amigo Marcelo que mora pertinho dela.
Obrigada também a todas as pessoas que participaram do concurso, fiquei feliz com a participaçao de todos voces e a cada email com um banner que eu recebia sentia o carinho dos meus caros leitores.
E por falar em um napoletano vencedor, aproveito para agradecer todos os napoletanos ou namoradas de napoletanos que leem o blog e aproveitam para rir um pouco daquilo que elas ou eles também vivem. Ultimamente tenho recebidos scraps ofensivos e esses sao cancelados e bloqueados porque a minha intenção nao é ofender ninguem. Lembrem-se sempre que eu tenho uma filha napoletana. Com orgulho. E respeito a origem dela. Quem quiser discordar comigo, discorde, mas sem ofensas e sem usar palavroes. Para essas pessoas que ofenderam usando palavras grosseiras, so peço um pouco de bom senso. Respeitem, no minimo, minha avo, minha mae e minha tia que passam por aqui e nao é legal ler coisas do genero. Esse blog foi criado para a minha familia e é um prazer receber amigos. E fazer amigos. Esse é o objetivo.
Que o novo banner, junto com minha nova vida traga muitas coisas boas para todos nos.

12 luglio 2007

Attenti ai Napoletani!

Eu passei três anos da minha vida dizendo que queria ir embora de Napoli. Aquela cidade, desde o inicio nao me agradou. Pensei diversas vezes em ir morar no Brasil. Mas a ideia não agradava aos meus parentes com medo da violência e desemprego e me dava medo da responsabilidade de levar um estrangeiro comigo e ter que começar uma vida nova com problemas de adaptação e língua nova para ele.
Pensei também em ir morar em Roma, onde a empresa que o Gian trabalha tem uma filial. Eu amo Roma. Mas os meus problemas não iriam acabar já que por la também tem problemas parecidos com os de Napoli por ser mais sul do que norte.
Ate que pensamos na possibilidade de aceitar vir para Milano. Vir para cá também me assustava um pouco já que durante esses 3 anos, quando eu falava mal de Napoli para alguém, todos me diziam que eu sofreria muito com Milano. Diziam que a cidade era caótica, que fazia muito frio e que principalmente as pessoas sao grosseiras e frias.
Estou aqui já ha 1 mês. Vejo pessoas tranquilas nas ruas, todas sorridentes e cuidando da própria vida. Digo isso porque em Napoli se você toma alguma atitude diferente da deles, como por exemplo, no verão, calor absurdo dentro do carro, você tirar os sapatos e apoiar os pés descalços no painel do veiculo, todos te olham como se você fosse um ET. Isso é so um exemplo. As pessoas não são livres para fazer aquilo que querem, não são espontâneas.
Milano é como São Paulo. Você pode sair cantando e dançando pelas ruas, com uma melancia pendurada no pescoço que ninguém vai te olhar. Isso assusta os Napoletanos, mas para mim é um alivio.
Por onde você vá, as pessoas te tratam bem. Mas não como em Napoli. Napoletanos acham que ser simpático é fazer perguntas pessoais e invadir a vida dos outros. Aqui ninguém vai te perguntar quanto você ganha ou de onde você vem. Porque tem mais gente de fora do que Milaneses por aqui.
Ontem fomos fazer compras no supermercado. A menina do caixa gritava:
- Signora Signora!
E eu não ouvia.
Ela se irritou e gritou:
- Ohhh!!! Psiuuuu!!! EEEiiiiiii!
Eu olhei para ela e ainda gritando, me diz:
- Vá para a caixa de nr 3! Esta livre.
O casal que estava na minha frente se irritou pelo modo em que ela falou comigo e começaram uma discussão sem fim com a garota. Foram embora e chegou nossa vez de pagar a conta. Esse supermercado faz uma promoção de pontos. Ela teria que pedir o cartão antes de começar a passar nossas compras. Como ela não pediu, o Gian se irritou e começou uma nova discussão, ate que descobrimos que a menina era napoletana. E, quando se acalmou, confessou que ela é irritada porque é napoletana e que uma milanesa não se permitiria nunca de se comportar assim com um cliente. Saímos dando risada.
Mas no fundo é isso mesmo. Napoletanos que estão em Napoli acham que os Milaneses são frios e grossos. Mas em 1 mês de experiência por aqui, em 4 episódios como esse, todos eram napoletanos ou sicilianos. Então ta explicado. Em Milano, cuidado com os NAPOLETANOS!

11 luglio 2007

A Mudança

Vamos começar pelo inicio. Fiquei doida com tanta caixa no meio do meu apartamento em Napoli. Mas dentro de mim, alguma coisa gritava dizendo que eu estava tomando a melhor decisão. Não tive medo de me arrepender e nem medo do que estava por vir numa cidade nova, afinal de contas, la onde eu estava, já era insuportável.
As 8hs da manha, chegaram 5 homens em casa. Eu tive a impressão que os Power Rangers estavam entrando. Com ferramentas nas mãos que mais pareciam armas, mal entraram e ja foram desmontando o movel do corredor. Por ironia, olhei pela janela e vi o caminhão da mudança. "La Napoletana Traslochi". Fiz ate uma foto porque Napoli tinha que entrar na minha vida ate o ultimo momento de sair daquela cidade. Não poderia ser um caminhão "La Milanesa" ou "Granero Transportes"? OK.
Vi minha casa ser completamente desmontada em algumas horas. Depois de tudo colocado no caminhão, fomos fazer compras para a viagem e dormimos na casa da minha sogra. Não teve festa, nao teve surpresa. Um "boa sorte" dos pais do Gian, uma lagrima nos olhos da minha sogra e muita, muita emoção no meu coração. O sonho estava para se realizar.
A ida
Eu confesso. Já viajei muito de avião. A primeira vez com minha mãe, quase todas as outras sozinha. A ultima gravida de 7 meses da Giulia. Mas não sei o que deu em mim. Talvez um ataque de bobocona que me dizia para ir a pé, de mula, mas não de avião. O Gian, de qualquer maneira teria que ir com o carro. Eu poderia escolher: Ir com ele de carro e enfrentar uma viagem de 12hs com a Giulia, ir de trem numa viagem de 6hs sozinha com a Giulia ou o avião. Escolhi, na ultima hora em ir com ele de carro. Pelo menos assim, estaríamos todos juntos. Para o meu espanto a viagem foi maravilhosa. Viagens longas de carro com uma criança pequena normalmente são terríveis. Tem que parar pra trocar fralda, parar para dar uma respirada, parar para comer. Mas não. Saímos as 7h30 da manha, paramos só em Firenze para o almoço e chegamos por volta das 17hs em Milano. Não te digo a emoção de ver na autoestrada as placas escrito "MILANO". Eu não estava indo visitar Milano. Eu estava indo morar em Milano, entendem? Com a minha família. Pra uma vida nova e cheia de expectativas boas.
Fiz vários filminhos da nossa chegada. E viemos direto para o apartamento ver como estava depois da pintura. Otimo.
O Dia
Dormimos no hotel. Acordamos cedo e fomos comprar produtos de limpeza. O Gian me deixou no apartamento, coloquei a Giulia sentada no chão da sala vazia vendo um filme do DVD portátil enquanto eu limpava a casa. Meia hora depois chegou o caminhão da mudança. Abri a porta para entrarem e junto com eles, entrou uma barata. Eu ja tenho nojo de barata, mas juro pra vocês que barata italiana é pior do que a brasileira. Grande, mais redonda, mais alta e preta. Gritei tanto que quase matei do coração um dos meninos da transportadora. Pensei que eu sou realmente uma garota de sorte. Troco os ratos de Napoli pelas baratas de Milano. Não sei o que é pior. Alias, acho que a barata porque tenho arrepios só em pensar que pode ter uma barata escondida em algum lugar do meu apartamento. Mas enfim, montaram os moveis em algumas horas. Por alguns dias não almoçamos em casa porque eu queria ter a certeza de que outras baratas não apareceriam por aqui. Apareceram. Claro. Por sorte mortas. Garota de sorte como eu, é garota de sorte ate o fim. Combinamos com o proprietário do prédio que nos faríamos a dedetização e não pagaríamos aluguel por 15 dias. Otimo.
A vida aqui.
Moro numa cidade que esta a 3km de Milano. Cidadezinha pequena, muito organizada, muito limpa. As pessoas sao extremamente sorridentes e simpáticas. O meu prédio fica na frente de uma escola infantil e de uma academia publica com piscina. La, o governo organiza cursos maravilhosos para pais e filhos como natação infantil para bebes de ate 3 anos junto com a mãe, luta, dança e varias modalidades de esporte. Na rua de trás, um parque lindo, limpo, com brinquedos para crianças e um lago cheio de patos, tartarugas, coelhos e galinhas. O centro histórico também fica bem pertinho de casa e é lindo. Uma rua bem comprida cheio de lojinhas, uma igreja, uma fonte. E proibido a passagem de carro. Um lugar otimo para passear com crianças ou ir tomar um sorvete no final da tarde.
O meu prédio é de propriedade de três irmãos. Tem vários apartamentos mas só quatro alugados para pessoas "estranhas". Um é o meu, o outro da Elisa (a brasileira), e mais dois para outras duas famílias. Tem um espaço enorme, cheio de plantas. Uma churrasqueira com uma mesa enorme feita de árvore cortada. Cadeiras de balanço. Gaiolas gigantes com periquitos, plantação de verduras e legumes, árvores com frutas e também algumas galinhas. Uma chacara praticamente.
Os moradores são todos sorridentes e gentis. Todos vieram se apresentar quando chegamos aqui e quando nos encontramos, sempre param para um dedinho de prosa. A sorte foi também encontrar uma brasileira no mesmo prédio. Elisa, casada com Alex, pais do Lorenzo de 5 meses. Uns amores. E otimos guias turisticos. Já nos levaram para conhecer alguns lugares aqui perto, indicaram outros e Elisa é a minha companheira do dia a dia. Vamos juntas fazer compras, eu ajudo a cuidar do Lorenzo pra ela tomar banho ou fazer as unhas, almoçamos algumas vezes juntas e é bravissima em fazer escova no meu cabelo.
Enfim, caros, estou bem. Mais tranquila, mais realizada. Agora a concentração esta para a Giulia ir na escolinha, eu arrumar um emprego fora de casa e ir em frente. Mas não pensem que não tenho mais assunto porque aqui também acontecem coisas bizarras. E a melhor noticia para vocês: Minha sogra chega dia 19 para passar uns dias aqui.
Porque o show não pode acabar.

Aviso

Voltei. E encontrei lixo por aqui também. Nao em Milano, que é uma cidade limpa e linda, mas aqui no blog mesmo. Desculpem por nao ter lido os comentarios nas duas unicas vezes que eu tive acesso a internet desde a minha mudança. Agora ja apaguei a porcaria que tinha nos comments e prometo a partir de hoje vigiar diariamente para que coisas como essas nao voltem a acontecer.
O mais importante é que.... EU VOLTEI!!!!!!!!!! E... TO EM MILANO!!!!!!!!!!!!

05 luglio 2007

Eu aqui

Eu sei, eu sei que prometi voltar dia 28 e nao voltei. O fato é que mesmo estando em Milano, tem coisas que definitivamente nao funcionam na Italia. A tal da Telecom consegue ser ainda pior que a Telefonica em SP. Prometem consertar a nossa conexao em 3 dias e ja passaram 10. Cada dia uma nova desculpa e eu irritadissima porque to louca pra voltar a escrever no blog, sem precisar encher as paciencias da minha vizinha e nem indo num cyber que tem aqui na minha rua cheio de gente estranha de uns paises exoticos que prefiro nem arriscar um contato. Enfim, nao vou escrever muito porque Giulia esta aqui do lado ameaçando jogar as pilhas que ela roubou da mesa da Elisa (a santa vizinha brasileira, dotada de internet) no cachorro dela. Mas torçam por mim. Preciso anuncia ainda o vencedor do concurso e contar minha vida como vai por aqui.

Volto. Em breve.