Perde-se de la, ganha-se de ca.

Assim é a vida. Esse foi o primeiro ano que passei o dia dos pais sem meu pai. Quer dizer, ano passado eu também estava na Italia e passei longe dele. Mas agora sabe-se la onde papai querido esta. No ceu e no mar do Guaruja onde eu também nao pude participar da despedida que ele sempre quis. Lembro que quando meu pai falava sobre ser jogado no mar da praia de Pernambuco (Guaruja), onde ele sempre tirava ferias com amigos quando adolecente, ele ria falando so para tomar cuidado com o vento. Que se estivesse contra, o pozinho poderia voltar para as pessoas. Esse era meu pai. Conseguia falar sobre tudo, nao tinha medo de nada e ria muito das trajedias da vida dele. E é essa a imagem que sempre vou levar comigo. Meu pai rindo, divertido e sem nenhum drama. Nunca. Ele odiava dramas. E por isso nao quero fazer um. Nem de dia dos pais ele gostava muito. Ele dava muito mais valor para um final de semana qualquer junto com os filhos. Presente? Ou uma caneta ou uma camisa de manga curta 100% algodao. E ai de quem desse algo diferente. Nao conseguia nem disfarçar que gostava.

A grande falta que eu sinto dele so cresce, mas mesmo agora, lembrando das coisas que ele fez ou falava, consigo aprender muito. Meu pai foi uma liçao de vida. Um cara que depois de varias operaçoes, voltava sempre a trabalhar, sorrindo e feliz da vida. Um cara inteligente, boa gente. O homem que foi e sempre sera o mais importante da minha vida. Meu melhor amigo. Mas vou parar por aqui que se ele estivesse lendo isso, ja teria dito "Paula, essa historia ja esta muito comprida e historia comprida é historia chata."

Py, onde voce estiver, Feliz Dia dos Pys. Te amo pra sempre.

Este ano foi especial. Foi o primeiro dia dos pais do Gianluca. Eu, obvio, esqueci da data e so lembrei no sabado a noite. Entao nem tive o tempo de comprar presentinho. Mas ele teve direito de cafe da manha na cama. E depois fomos almoçar num agriturismo em Avellino com os pais dele e uns amigos da familia. Avellino é lindo, mas o restaurante era horrivel e comemos mal pra caramba. Eu nao entendo como esse povo inventa de viajar uma hora e meia de carro para ir num lugar tao sem graça e com pessimo atendimento. Imaginem que entre um prato e outro, esperamos mais de uma hora e meia. Teve gente que recebeu a sobremesa antes do segundo prato. E nem reclamam. Eu como miss reclamona, nao entendo como o povo nao reclama. No minimo, se fosse no Brasil, eu teria ido embora sem pagar a conta e ainda com o proprietario pedindo desculpas. Mas enfim... Ces sabem, ainda tenho que me acostumar com tudo aqui.

Mas antes de tudo isso, no sabado, fomos passear com a Giulia na Villa Comunale e depois demos uma passadinha na Chicco de Afragola. Encontramos a Stefania, irma do Gian com o futuro marido, Roberto e aproveitamos para comer uma pizza juntos no RossoPomodoro. Foi mto divertido. Adorei!