Tem dias que o melhor a fazer é nao sair da cama.
Como se nao bastasse a minha vergonha de ontem, no jantar com a Monica e marido que teve a borboleta noturna como convidada especial, grudada na trave de madeira no teto da minha sala e que no meio de uma conversa com todos sentados no sofa, vi aquela coisa nojenta vindo em minha direçao e sem ninguem entender nada, me joguei no chao gritando, ontem foi aida pior.
Eu sabia que o eletricista, marido da minha vizinha, viria hoje as 11 da manha. Acordei com calma as 9hs e fazendo coisas em casa, continuei com meu pijama azul calcinha com umas bonequinhas desenhadas na calça. Horrivel. Toca a campainha. Pensei em nao responder, mas toca de novo. Italiano que é italiano é assim. Insiste ate voce abrir a porta. Abri com a Giulia no colo tentando esconder meu pijama ja que a cara amassada e cabelo em pé nao teria soluçao. Coisas de Paula. Gafe é comigo mesma.
A tarde, depois da sonequinha diaria da Giulia, das 14hs ate as 15h30, fomos ao parque perto de casa. Brincamos um pouco ate que vi um rosto conhecido. Eu olhei pra ele, ele olhou pra mim, mas como sou a recordista em esquecer a cara das pessoas, continuei brincando com a Giulia ate que ouço um "ei, napoletana!". Apontei para mim mesma: "eu?". E ele me pergunta em seguida se nao sou eu a brasileira casada com um napoletano. Sim!!! Marco!!! O rapaz que conheci la mesmo, naquele parque quando estava procurando casa em Milano! O Marco, o Marco! Aquele que morava em Sao Paulo, perto de casa! Fiquei toda feliz de reencontrar ja que tinha perdido o telefone dele e passamos um bom tempo conversando enquanto nossas filhas brincavam juntas.
Na volta, corro ao supermercado que estava para fechar. Precisava comprar açucar ja que no dia anterior, no jantar com a Monica nao pude nem oferecer café por falta de açucar. Comprei também alguma coisa para fazer um jantar rapido, sem ter que cozinhar muito e voltei correndo pra casa com a sacola cheia de coisas pra colocar na geladeira. Procuro a chave dentro da bolsa do carrinho e nao encontro. Nos bolsos, nada. Na jaqueta, também nao. Na minha bolsa também nao estava. Tirei tudo da bolsa, virei ao contrario, revirei a sacola. Ok. Perdi a chave, Gianluca esta voltando de Bologna e a vizinha nao estava em casa. Sortuda como sempre. Esperei tentando distrair a Giulia da fome ate que Cinzia chegou. Quando eu estou nervosa, encho os olhos de lagrima. Ela ficou com pena de mim, me levou pra casa dela, tentou me acalmar enquanto o marido, Roberto, cozinhava para todos nos. Gianluca obvio que ficou bravo porque é o segundo maço de chaves que eu perco. E era o ultimo. Ele tinha so uma chave reserva no bolso. Depois do jantar, Gianluca foi sozinho ate o parque, com uma lanterna, procurar pela chave. Eu nao fui junto porque tenho horror a parque no escuro. E causei uma discussão porque todos achavam que eu o deveria acompanhar. Ja imaginava aquelas cenas que se ve sempre no TG, mostrando a mulher violentada e o marido amarrado na arvore. Ele foi, sozinho, voltou e nada. Voltamos pra casa e... Surpresa! Gianluca encontrou a chave dentro da bolsa. Numa parte onde o forro rasgou. E voces nao imaginam a vergonha de ligar pra Cinzia e dizer que depois de toda a bagunça feita na casa dela, encontrei a chave dentro da bolsa.
Melhor acabar logo com esse dia. Boa noite.
4 Comments:
Ontem a boroboleta entrou foi la em casa..... e tive que correr logo pra botar ela pra fora porque o "macho" ja estava dando chilique... e eu aguento?? to tentando achar forminhas de empadinha pra fazer esses dias, ja comprei o palmito!!! senta e espera. bjs
Oi Paula!
Que borboleta noturna é essa?Eu só conheço as "nossas"...lindas e coloridas!rsrrs
Paula já que deu tudo certo...E hoje é uma novo dia.
O bom mesmo seria ganhar uma bolsa nova do maridão(massss lógico sem dispensar a sua...que sabemos que é super facíl de ser arrumada)
Seria sóooo...digamos...para dar uma alegria!rsrsrrs
Beijo em ti e na Giulia
Rita Sequeira
Oi Paula!!!!
Achei seu blog e adorei viu, como é bom encontrar outros brasileiros que moram no exterior. Eu moro no Japão. E tbm não me acostumo com esse povo frio e reservado, saio na rua e todo mundo de cara fechada. E aqui tbm todos te chamam pelo sobrenome, uma coisa que tbm acho horrivel e mt formal até pq tem pessoas que são até intimas e ainda me chamam pelo sobrenome, vai entender esse povo, coisas do primeiro mundo né.
Beijos
Ahahahahaha. Desculpa, Paula, mas tô morrendo de rir!
Qdo vamos nos ver, hein...
Bjos
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